domingo, 25 de dezembro de 2011

O JEJUM - 8º CAPÍTULO - "Nos Passos de Jesus"


 "O jejum não tem valor algum se, durante a sua observância, a pessoa não estiver em espírito de oração e humilhação diante de Deus."

O jejum é uma abstinência parcial ou total de alimentos e tem por finalidade afligir o corpo físico, a fim de se alcançar mais força para o corpo espiritual. Não é que o corpo físico precise ser castigado pura e simplesmente, mas quando há um jejum, o corpo espiritual fica mais desprendido e, consequentemente, mais apto para buscar um contato íntimo e profundo com Deus, que é Espírito.



Durante o jejum, o espírito fica mais à vontade, pois os desejos da carne são anulados pela força do espírito. Por isso mesmo, consideramos o jejum uma oração mais fervorosa do que a feita com os lábios, porque, nela há gemidos inexprimíveis da própria alma humana, em busca de benefícios individuais ou coletivos.


O jejum parcial é aquele no qual a pessoa apenas faz abstinência de alimentos naturais. Foi o caso do próprio Jesus que, no deserto, durante quarenta dias e quarenta noites, não comeu absolutamente nada (Lucas 4.2). Muito embora a Bíblia não faça referência quanto a beber, consideramos que Ele tenha bebido água, pois caso contrário certamente os evangelistas teriam feito referência.


Esse jejum é parcial porque, apesar de se deixar de comer qualquer coisa, ingere-se água. O jejum é também chamado de parcial quando a pessoa faz abstinência tanto de água quanto de alimentos, mas mantém relações sexuais com o marido ou a esposa. Finalmente, o jejum é parcial quando se satisfaz a carne o mínimo possível.


O jejum total é aquele no qual a pessoa faz abstinência de tudo o que diz respeito ao seu corpo físico. É o caso de Moisés, o qual "... esteve co o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras" (Êxodo 34.28).


No jejum total há também um total desprendimento do espírito para com a carne; já o parcial há um parcial desprendimento. Não podemos afirmar ser um jejum mais importante do que o outro, porque ambos são jejuns e também porque isso depende de casa pessoa, segundo a sua própria fé e coração disposto diante de Deus.


Para nós, ambos são eficazes quando são realizados com propósito, segundo a vontade de Deus. Nem todas as pessoas têm condições físicas suficientes para suportar um jejum completo e, nesses casos, aconselhamos o jejum parcial. Se a pessoa tem muita saúde e vigor, então faça o jejum total, segundo a vontade do seu próprio coração.


O jejum não tem valor algum e, durante a sua observância, a pessoa não estiver em espírito de oração e humilhação diante de Deus. Como poderá ter efeito o jejum, se a pessoa estiver praticando qualquer tipo de esporte? Se ela procura se distrair com qualquer coisa, seu jejum passa a ser uma mera observância sem valor.


Muitos homens têm feito jejuns completos até à morte, sem que exista algum valor espiritual, pois o fazem num espírito de revolta e para chamar a atenção mundial. Ao contrário, o jejum, quer parcial ou total, deve ser feito com objetivo de se chegar mais perto de Deus e, por isso mesmo, deve-se procurar ignorar o máximo possível as coisas terrenas.





O TEMPO E AS OCASIÕES DE OBSERVÂNCIA AO JEJUM

O tempo de jejum nunca deve se iniciar após qualquer refeição, mas no minimo uma hora após a última refeição. Por exemplo, se a pessoa quer fazer jejum de seis horas, deve considerar uma hora depois da última refeição e, então, iniciar o jejum, ou fazer abstinência durante 7 horas seguidas, logo após a última refeição.

A observância do jejum deve ser feita nas seguintes situações:
  • em calamidades públicas (2 Samuel 1.12);
  • em aflições da Igreja (Lucas 5.33,35);
  • em aflições alheias (Salmos 35.13);
  • em aflições pessoais (2 Samuel 12.16);
  • em aproximação de perigos (Ester 4.16);
  • em ordenação de ministros de Deus (Atos 13.3; 14.23).

AMANHÃ INICIAREMOS O 9º CAPÍTULO...
NÃO PERCA!!!


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