“Pelo que, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”. (1ª Coríntios 3:7)
As vezes, no dia-a-dia como evangelista tenho a sensação de que as pessoas nada querem com Deus e que nada, nem nenhuma prova do poder de Deus em suas vidas bastará para fazer com que deixem de lado a sua incredulidade e percebam que só há salvação em Deus. São tantas as pessoas que, em um momento de aflição se colocam diante de Deus e humildemente imploram e desta forma são prontamente atendidos e assim como o problema se foi, também saem da presença de Deus e se portam como se nunca tivessem visto a glória de Deus em suas vidas. São tantas que se portam como os 9 leprosos não retornando nem mesmo para agradecer a Deus. “E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz;” ((Lucas 17:12-15)
Não posso deixar de me revoltar quando vejo uma pessoa sair da presença de Deus por puro desmazelo. Sei que lanço a semente ao solo, que o semear já consiste em um gesto de amor e que é Deus o responsável pelo crescimento, mas quando vejo pessoas que estão saindo da presença de Deus por nada e se colocando novamente à merce do diabo, isto muito me entristece, assim, imagino como se entristece o Espírito Santo quando vê alguém dizer que “Não tem tempo”, que “Está cansado”, que “Deus entende” ou ainda o pior, que “quando Deus preparar eu irei a Ele!”.
O sujeito chega, coração quebrantado, humilde, dolorido. Abre o coração, pede, com sinceridade e assim tem seus problemas resolvidos, pois Ele não falha e nunca falhará. Depois disto vem o diabo e coloca no coração da pessoa uma ponta de incerteza: “Será que foi Deus mesmo?” e aos poucos, por falta de entrega e comunhão a pessoa vai se afastando e deixando que sua dúvida se transforme em certeza até que seu testemunho deixa de ser para glorificar a Deus. Seu testemunho aos poucos vai se apagando de sua memória e também de sua vida.
Já atendemos pessoas que chegaram à igreja desempregadas, com vários filhos para sustentar, sem um único grão de arroz em suas casas, passando fome e com inúmeros problemas relacionados. Se dispuseram a buscar a Deus e de fato se entregaram (pelo menos em um primeiro momento). A providência de Deus veio, ela conseguiu um emprego bom, suas necessidades básicas foram atendidas muito rapidamente e tão rápido quanto tiveram seus problemas resolvidos como que por encanto a pessoa já “não tinha mais vontade” para ir à igreja, “não achava mais tempo”, “estava cansado demais” para ir à casa de Deus e logo depois “desanimou!” e não aceitou mais ir. Melhor seria se nunca tivessem sido agraciadas por Deus “Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;” (II Pedro 2:21) pois lamentavelmente também, já vimos estas mesmas pessoas aos poucos irem e voltarem aos mesmos problemas e ainda resistirem por “não terem certeza de que preciasam de Deus”. “Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” (II Pedro 2:22)São inúmeras as vezes que vemos o agir de Deus em nossas vidas cotidianas. Só precisamos de fato e de verdade estar atentos para não deixar que nosso EU tome a frente, é incrivel como a carne tende a assumir as glórias: “Olha só como EU consegui resolver o problema!”, “Veja como EU sou inteligente!”, “Como EU consegui contornar o problema? EU conto!”. Quando os problemas parecem impossíveis de se resolver nos colocamos diante de Deus e pedimos, humildemente que Ele inteceda por nós, ao ter o problema resolvido quantos não olham e dizem: “EU nem precisava ter pedido para Deus, pois EU mesmo resolvi!”. Zombam de Deus, escarnecendo-se assim como fizeram os que O crucificaram “E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e batiam-lhe com ela na cabeça.” (Mateus 27:30)
Assim, faço deste texto um desabafo e um apelo aos que assim como os nove leprosos se distanciaram de Deus, para que vasculharem bem suas memórias pois ainda vão conseguir visualizar, mesmo que vagamente o poder de Deus manifesto em suas vidas. Lembrem-se de como é suave o perfume de Cristo e retornem, pois o Pai o espera de braços abertos e Ele com certeza o aceitará com grande festa “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” (Lucas 15:7). Se o fardo está pesado, não se acanhe, divida-o com Deus, lemre-se de como era mais leve carregar o fardo junto com Deus. Lembre-se de como era bom estar nos braços do Pai, retorne e Ele o receberá com amor e grande festa “Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.” (Lucas 15:24)
Quanto a mim e a outros que como eu fazem do “Ide” a instrução mais urgente e importante do evangelho, continuaremos a semear, semear e semear pois vamos encher os celeiros do Pai. E você que me lê agora, nos ajuda nesta empreitada?
Pastor Giovani Vieira.
(Responsável pelo Exército de Ganhadores de Almas do Cenáculo Maior de Florianópolis, Av. Mauro Ramos 1310 Centro)
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